domingo, 2 de dezembro de 2007

solidão

solidão bastarda e inconveniente, que nos devora e mata lentamente. solidão que nos rasga lentamente a pele e sangra a alma. solidão inimiga enqto se enrola em nós como gentil amada. solidão.
turbilhão hipócrita na mente que se reproduz de modo exponensial e nos arrasta, lentamente... e nos devora a carne qual larva insaciável. solidão.
um cigarro. mais um cigarro. o bremido patológico na terminação dos nossos dedos. apoplexia suave que nos irriga os tecidos. solidão.
paralisia enferma que nos sorri em olhos rasgados. dúvida controversa que se suicida ao renascer. solidão.

3 comentários:

Anónimo disse...

Há um negrume na forma que é igual aos lugares sombrios, é como se fosse uma barreira pouco transponivel mas que permite correr atrás do indefinível, é gesto que desemboca no logro, insistes, e insistes como alguém que passou a infância, cresceu e perdeu a inocencia no vazio.

A estrutura de carta/confissão/diário de um anti-herói cansado e perdido no meio mar, mas que a todo o custo tenta dar as ultimas remadelas para alcançar a terra prometida, o lugar comum pintado nos sonhos da criança que um dia se fez homem.

E deixo no ar uma pergunta ao autor deste blog, se este deve ser olhado como representante de uma geração ou dos dilemas de uma geração???

P-S disse...

Fantastico este teu cantinho, vim aqui parar sem querer mas quero gostei imenso do que escreves...

Parabens

Voltarei

Anónimo disse...

one word:fantastic.